Santa Izabel do Pará - Pará - BR.

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Cidade metropolitana

segunda-feira, 29 de junho de 2020

OS SANTOS FESTEIROS, SEM FESTAS


Os santos festeiros/sem festa

Sem dúvida nenhuma, este foi o mês junino mais rápido que já passei em toda a minha vida.
Parece que foi ontem, dia 1º de junho, uma segunda-feira com pouca movimentação na cidade, muito se ouvia falar no coronavírus, nas pessoas infectadas, e as que morreram ou estavam em situação preocupantes.
E chegou Corpus Christi (5), pelas ruas a mudança foi radical. Não houve a procissão com milhares de pessoas, o que se viu... O Padre, conduzindo o Santíssimo em cima de um carro aberto para não deixar despercebido este dia tão venerado pelos cristãos filho-de-Deus. A cada passagem pelas ruas da cidade, as famílias reunidas, em frente de suas casas, reverenciavam o Corpo de Jesus Vivo. Por mais um ano, não foi tão diferente, a fé permaneceu a mesma.
E chegou a véspera do Santo casamenteiro, “Viva Santo Antônio... Viva!” logo lembrei a grande e tradicional festa dos namorados (antiga Bertoldo Nunes), tão esperada pelos casais apaixonados. Dia dos namorados não rolou! Precisa dizer, “por causa do Covid-19”. Como todos os outros eventos estão sendo cancelados devido a esta pandemia do Coronavírus. E até onde vai, ou melhor, quando isso vai acabar e todos voltarmos à vida normalmente, digo, sem usar máscaras.
O mês de junho tem também São João, o mais festejado, com todo respeito pelos outros, porém a fogueira não acendeu, sem quadrilha junina formada por alunos nas escolas, as misses caipiras os arraiais e o Arraiá do Espaço Cultural, muito menos os campeonatos aconteceram, cujas nossas tradicionais quadrilhas participam, representando muito bem, diga-se de passagem, nosso Município. Tudo cancelado!
“Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo...”, certamente! As noites juninas foram realmente lindas, enluaradas, sem contar com uma frente fria, característica da época.
No final, junho aponta São Pedro, o Pescador de Jesus Cristo. E por que não dizer o Padroeiro dos pescadores, é 29, neste Dia homenageiam seu protetor com uma linda e emocionante Procissão fluvial sobre as águas do Rio Guajará-Miri. Uma festa onde reúne o religioso e o profano na cidade de Vigia de Nazaré, sob a responsabilidade da Colônia – Z3. “Devido coronavírus, a diretoria da Colônia de Vigia se reuniu com o Corpo de Bombeiros e o Promotor Público chegando a uma conclusão: Como a procissão atrai muito gente e com isso há aglomeração, além dos barcos, a quantidade de pessoas seja impossível controlar. Então por este e outros motivos resolvemos cancelar a procissão fluvial”. Explicou o secretário da Colônia, Sr. Lucinaldo.
“Não realizamos a programação das tradicionais procissões, tanto a terrestre quanto a fluvial, infelizmente! Mas realizamos, enfrente a o prédio da Colônia, uma singela homenagem ao nosso Padroeiro. Doação de prêmios e distribuição de mingau para as famílias dos nossos pescadores. A comunidade entendeu e nos parabenizou pela conscientização de realizarmos somente o oportuno nesta data tão importante à sociedade vigiense, disse o presidente Ronaldo Favacho. Também tivemos as queimas de fogos às seis da manhã, meio dia e meia noite para manter a tradição”, finalizou.
Então, com a ausência desses eventos o mês parece ter passado mais rápido, no entanto as lagunas foram preenchidas pelas dezenas de centenas de “lives” produzidas dentro de residências respeitando as orientações exigidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitas destas filmagens usaram da criatividade, tentando passar o espírito alegre das festas juninas. Momentos estes vividos e presenciados incessantemente, em anos anteriores.
Peço a Deus para o próximo São João, São Pedro e Santo Antônio venha revitalizar tudo que não podemos realizar neste. Amém!
Texto: Tito Miranda