Santa Izabel do Pará - Pará - BR.

Santa Izabel do Pará - Pará - BR.
Cidade metropolitana

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

DEPRESSÃO

 

O que provoca a depressão?

 

foto montagem

Não vou aqui abordar as características do assunto em pauta. Mas sim, abranger uma série de situações que, por ventura venham ser os pilares desta patologia dos tempos modernos, que vem se alastrando em todo mundo.

Antes de tudo, é bom frisar que: Qualquer pessoa, em qualquer idade pode adquirir depressão. Segundo especialistas o diagnóstico antecipado, é o melhor remédio para reduzir e evitar consequências graves.

 

A fim de entendermos melhor este assunto, criei uma estória fictícia para ilustrar o artigo:

 

- Adanilton já vinha há um tempo, desconfiando da mulher com quem vivia a 28 anos. Nunca tiveram filhos. Pois um herdeiro seria a gota que faltava para ajudar a conduzir o rebanho e dar continuidade na produtividade. Pensava muitas vezes, quando estava só, deitado sobre a grama, sob a sombra da grande e velha ameixeira. 

Seu Adan, como era conhecido, aproximava-se dos 60 anos. Apesar da idade, tinha aparência de homem forte e trabalhador. Começou a atividade como pecuarista, ainda adolescente (uns 14 anos), foi logo depois da perda do pai, vítima de mordida de cobra, e infelizmente ficou órfão também de mãe, dez meses depois.

Foram décadas esperando a companheira certa, apesar do trabalho restringir o tempo, cujo qualquer jovem sonha em ter. Mas, para Adan os anos passaram tão depressa que sua juventude fora esquecida, baseado na responsabilidade em continuar com os negócios do pai, que para ele, não era apenas uma questão de  moral, mais também por amor que tinha aos pequeninos, eram três irmãos dependente dele.

Com a chegada da mulher, que conhecera, em uma de suas poucas e curtas viagens, a quem a esposou. No começo foi a realização de décadas de espera. Valeu apenas, dizia sempre para a mulher. Porém passados alguns anos, o pecuarista, curiosamente perguntou a esposa. – “Mulher estamos juntos a quase cinco anos, e tu nunca me deste um filho”. – “Meu bem! Venho tentando te dizer há muito tempo, mas você sempre ocupado com o gado”, respondeu. O que houve mulher? Desembucha! Disse Adan [...].

Amanheceu... O dia estava lindo, o sol já raiou. A porta da entrada da casa se abriu lentamente, parecia um filme em câmera lenta. Adan surgiu aparentando, totalmente, o oposto do dia. Seu semblante contrastava com o amanhecer irradiante. Parecia que o tempo voltou há alguns anos atrás, era notório, em sua face, os tons de inocência envolvida com uma inesperada e, imensurável decepção. Quem o visse, naquele momento, teria a impressão, de que, o mundo havia caído em sua cabeça.

Agora. Sem infância, sentia, por mais que tardia, a falta dos pais. Trabalhou de sol-a-sol, debaixo de tempestades [...] A vida toda, dedicou-se ao trabalho visando dar ao primogênito o conforto merecido com o fruto do suor de seu trabalho. Mas, infelizmente não havia filho. Então Adan caminhou lentamente em direção á ameixeira, chegando lá olhou para os fartos galhos folhados, daquela árvore com quem tanto conversou. Contou seus desejos, conversou tantos segredos.

Ali, ficou em silencio, e por alguns, longos, minutos pensativo. Então lembrou do acontecido na noite anterior, quando sua esposa disse: - “Eu não posso de dar um filho. Fui estuprada quando, ainda criança, minha mãe me levou ao hospital, perdi muito sangue. Devido a cirurgia de emergência fiquei impossibilitada de engravidar”.

Lágrimas pingavam de seus olhos molhando as folhas mortas caídas, ali, por muito tempo... Agora não resta mais nada. A vida não vazia mais sentido para Adan. Chegava a hora de aliviar sua tristeza, seu sofrimento. Pois caíra em profunda depressão.

 

Este e um conto fictício, servindo para que possamos ajudar muitas pessoas a não ficarem, ou se sentirem, sozinhas oferecendo apoio moral. Procurar entender de uma maneira humanitária, quaisquer que sejam seus problemas, e se possível ajudá-la. Não sejamos egocêntricos a ponto de omiti um “bom-dia”. Contudo muitos casos de depressão, são frutos, da falta do calor humano.

 

Texto : Tito Miranda