Santa Izabel do Pará - Pará - BR.

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Cidade metropolitana

sábado, 7 de janeiro de 2023

Academia Vigiense de Letras

 

Viva Vigia, viva Cultura, viva a literatura!



Na última sexta-feira (6) de janeiro a cidade de Vigia amanheceu em festas. Sim, festas no plural. A primeira foi o aniversário do Município, que completou 407 anos de cultura, tradição e muita história para contar.

A segunda, a que devo manifestar-me, neste artigo, é a criação da Academia Vigiense de Letras – AVL. Um feito marcante para a história da Vigia de Nazaré, da qual tenho orgulho em fazer parte, ocupando a cadeira de número 16, entre os mais de 30 confrades e confreiras ocupantes perpétuos em suas respectivas cadeiras.

A cerimonia marcada para 16hs, britanicamente cumprida, iniciou com o escritor e também, agora, acadêmico Raul Lobo, na qualidade de Presidente da AVL e cerimonialista declarou aberta a sessão especial, cujo cenário foi a Câmara Municipal, ou Palácio Legislativo “Trem de Guerra”.  

Na mesa de honra, sentaram autoridades: Escritor e turismólogo Raul Lobo - Presidente da Academia Vigiense de Letras,  Prof.ª Kátia Maria dos Santos Melo – Coordenadora UEPA Vigia; Acadêmico Dr. Ivanildo Ferreira Alves – Presidente da Academia Paraense de Letras; Vereador Clivaldo Wander de Sousa – Presidente da Câmara Municipal de Vigia; o Escritor Prof. José Ildone - membro da APL, e agora, também da AVL, além dos confrades da APL: Flávio Quinderé; Luiz Hernane Ribeiro Malato e Sarah Castelo Branco.

A Casa Legislativa estava lotada. Familiares, amigos e simpatizantes dos novos acadêmicos, não mediram esforços para prestigiar, e acompanhar de perto a Sessão de Criação da Academia Vigiense de Letras – AVL. Um projeto audacioso do, então, Presidente Raul Lobo que deu certo, e contou com o total apoio da Academia Paraense de Letras - APL.   

O Juramento

“Prometo cumprir o estatuto e o regimento interno desta Academia e contribuir para o engrandecimento da Literatura Vigiense.” Este juramento prestado pelos intelectuais, perpetuou-os imortais deste Silogeu.

No decorrer da sessão os novos imortais receberam seus diplomas de membros da Academia Vigiense de Letras – AVL, assim como foram vestidos com a opalanda pelos seus respectivos padrinhos e madrinhas. Na ocasião membros honorários da AVL tomaram posse e receberam medalhas do Mérito Honorário Domingos Antônio Raiol, Barão de Guajará, juntamente com os respectivos certificados.

Convidados da mesa de honra fizeram uso da palavra, em seus discursos mencionaram a origem da academia, e enfáticas menções a memória do Barão de Guajará.  Não faltou declamação poética e leitura de poemas falados por alguns dos recém-acadêmicos.

Antecedendo o encerramento todos os presentes cantaram o Hino Municipal de Vigia, em seguida Raul Lobo encerrou a Sessão Especial agradecendo a todos, e lembro aos confrades e confreiras a próxima reunião que acontecerá no dia 14 de fevereiro.

Quero aqui agradecer, e ao mesmo tempo, me sinto honrado pelo convite do escritor e presidente da AVL Raul Lobo, e fazer parte desta Associação de escritores, romancistas, poetas, memorialistas, cronistas, jornalistas e intelectuais vigienses. Gratidão.

       

A história

Para entender melhor, faço uma rápida viajem ao tempo para buscar informações de como tudo começou.

Segundo a história mundial, a palavra academia vem de Academus, nome do herói ateniense da guerra de Tróia. A primeira era uma escola próximo a Atenas, fundada por Platão, aproximadamente, quatro século antes de Cristo. Tinha uma biblioteca, casa e um jardim, este teria pertencido ao herói ateniense. Entendeu? O local reunia mestres e discípulos para debaterem assuntos como:  Matemática, filosofia, astronomia, música e legislação. Então, com o passar dos tempos, seguidores do filósofo Platão deram continuidade a este trabalho, surgindo assim, novas e/ou academias da história do saber ocidental. Saltando para os séculos XIII e XIV, com o renascimento seguindo a tradição clássica, diversas academias de poetas e artistas foram instaladas na França e Itália. A Academia Platônica, fundada em Florença por volta de 1440, se dedicou a aprofundar o discurso da obra de Platão, Dante e do aprimoramento da língua italiana.

Já em Paris, em 1635, o Cardeal Richelieu funda a Academia Francesa de Letras, autorizada pelo rei Luís Xlll, com objetivo tornar a língua francesa pura. Até hoje serve de modelo para todas as outras academias.

No Brasil, o Rio de Janeiro foi a sede da primeira academia de letras, resultado do reflexo de eventos culturais marcados por reuniões de intelectuais e diversas publicações literárias, e teve Presidente Machado de Assis, em 1896, seguindo o mesmo modelo platônico.