Viva Vigia, viva Cultura, viva a
literatura!
Na última sexta-feira (6) de
janeiro a cidade de Vigia amanheceu em festas. Sim, festas no plural. A primeira
foi o aniversário do Município, que completou 407 anos de cultura, tradição e
muita história para contar.
A segunda, a que devo manifestar-me,
neste artigo, é a criação da Academia Vigiense de Letras – AVL. Um feito marcante
para a história da Vigia de Nazaré, da qual tenho orgulho em fazer parte, ocupando
a cadeira de número 16, entre os mais de 30 confrades e confreiras ocupantes
perpétuos em suas respectivas cadeiras.
A cerimonia marcada para 16hs, britanicamente
cumprida, iniciou com o escritor e também, agora, acadêmico Raul Lobo, na
qualidade de Presidente da AVL e cerimonialista declarou aberta a sessão
especial, cujo cenário foi a Câmara Municipal, ou Palácio Legislativo “Trem de
Guerra”.
Na mesa de honra, sentaram
autoridades: Escritor e turismólogo Raul Lobo - Presidente da Academia Vigiense
de Letras, Prof.ª Kátia Maria dos Santos
Melo – Coordenadora UEPA Vigia; Acadêmico Dr. Ivanildo Ferreira Alves –
Presidente da Academia Paraense de Letras; Vereador Clivaldo Wander de Sousa –
Presidente da Câmara Municipal de Vigia; o Escritor Prof. José Ildone - membro
da APL, e agora, também da AVL, além dos confrades da APL: Flávio Quinderé;
Luiz Hernane Ribeiro Malato e Sarah Castelo Branco.
A Casa Legislativa estava lotada.
Familiares, amigos e simpatizantes dos novos acadêmicos, não mediram esforços
para prestigiar, e acompanhar de perto a Sessão de Criação da Academia Vigiense
de Letras – AVL. Um projeto audacioso do, então, Presidente Raul Lobo que deu
certo, e contou com o total apoio da Academia Paraense de Letras - APL.
O Juramento
“Prometo cumprir o estatuto e o
regimento interno desta Academia e contribuir para o engrandecimento da
Literatura Vigiense.” Este juramento prestado pelos intelectuais, perpetuou-os imortais
deste Silogeu.
No decorrer da sessão os novos imortais
receberam seus diplomas de membros da Academia Vigiense de Letras – AVL, assim
como foram vestidos com a opalanda pelos seus respectivos padrinhos e madrinhas.
Na ocasião membros honorários da AVL tomaram posse e receberam medalhas do
Mérito Honorário Domingos Antônio Raiol, Barão de Guajará, juntamente com os
respectivos certificados.
Convidados da mesa de honra fizeram
uso da palavra, em seus discursos mencionaram a origem da academia, e enfáticas
menções a memória do Barão de Guajará. Não
faltou declamação poética e leitura de poemas falados por alguns dos recém-acadêmicos.
Antecedendo o encerramento todos
os presentes cantaram o Hino Municipal de Vigia, em seguida Raul Lobo encerrou
a Sessão Especial agradecendo a todos, e lembro aos confrades e confreiras a próxima
reunião que acontecerá no dia 14 de fevereiro.
Quero aqui agradecer, e ao mesmo
tempo, me sinto honrado pelo convite do escritor e presidente da AVL Raul Lobo,
e fazer parte desta Associação de escritores, romancistas, poetas,
memorialistas, cronistas, jornalistas e intelectuais vigienses. Gratidão.
A história
Para entender melhor, faço uma
rápida viajem ao tempo para buscar informações de como tudo começou.
Segundo a história mundial, a
palavra academia vem de Academus, nome do herói ateniense da guerra de Tróia. A
primeira era uma escola próximo a Atenas, fundada por Platão, aproximadamente, quatro
século antes de Cristo. Tinha uma biblioteca, casa e um jardim, este teria
pertencido ao herói ateniense. Entendeu? O local reunia mestres e discípulos
para debaterem assuntos como: Matemática,
filosofia, astronomia, música e legislação. Então, com o passar dos tempos, seguidores
do filósofo Platão deram continuidade a este trabalho, surgindo assim, novas
e/ou academias da história do saber ocidental. Saltando para os séculos XIII e
XIV, com o renascimento seguindo a tradição clássica, diversas academias de
poetas e artistas foram instaladas na França e Itália. A Academia Platônica,
fundada em Florença por volta de 1440, se dedicou a aprofundar o discurso da
obra de Platão, Dante e do aprimoramento da língua italiana.
Já em Paris, em 1635, o Cardeal
Richelieu funda a Academia Francesa de Letras, autorizada pelo rei Luís Xlll, com
objetivo tornar a língua francesa pura. Até hoje serve de modelo para todas as
outras academias.
No Brasil, o Rio de Janeiro foi a
sede da primeira academia de letras, resultado do reflexo de eventos culturais
marcados por reuniões de intelectuais e diversas publicações literárias, e teve
Presidente Machado de Assis, em 1896, seguindo o mesmo modelo platônico.
Mágico momento de alegria e entusiasmo, por tão forte determinação do acadêmico RAUL LOBO, pela iniciativa da criação da Academia Vigiense de letras, parabenizo a todos os acadêmicos. E vivas a cultura Vigiense e todos os acadêmicos.
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