Santa Izabel do Pará - Pará - BR.

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Cidade metropolitana

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Lixão de Vigia

A grande preocupação mundial nos últimos anos é quanto à preservação do meio ambiente. As queimadas, os lixões a céu aberto, a poluição dos rios, a falta d’água e o desmatamento, tem levado lideres mundiais a se reunirem em busca de solução para o problema que afeta o planeta, o que pode comprometer as futuras gerações.
Em Vigia de Nazaré, recentemente, foi construído um muro para dividir o lixão do município de Vigia, da PA 140. O que se vê do lado de fora, não imagina o que pode ser encontrado do outro lado.
Um lixão a céu aberto, parcialmente escondido dos olhos de quem passa pela estrada. Encoberto por um murro alto e pintadinho, de branco, contrastando com o outro lado.
Em uma das minhas viagens, ao passar em frente ao local citado, avistei fumaça, muita fumaça. Decidi adentrar, e logo comprovei vários focos de incêndio.
A imagem vista, a olho nu, deu a impressão de um local totalmente diferente do mundo em que vivemos. Ali estavam todos os lixos e objetos que jogamos fora, todos reunidos em um só lugar.
Comprovei que o lixo doméstico, industrial e químico (hospitalar), misturados em um só local, e exposto ao ar, atrai inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são veiculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, peste bubônica.
Quando o lixo se acumula e permanece por algum tempo em determinado local (solo), começa a ser decomposto por bactérias anaeróbicas, resultando na produção de chorume, que é 10 vezes mais poluente que o esgoto. Isto por que o chorume dissolve substâncias como tintas, resinas e outras substâncias químicas e metais pesados de alta toxicidade, contaminando o solo e impedindo o crescimento das plantas, ou fazendo com que estas substâncias se acumulem na cadeia alimentar.

No Brasil, a lei foi sancionada pelo então presidente Lula, no segundo semestre de 2010. A Lei define que toda poluição gerada em níveis que provoquem (ou possam provocar) danos à saúde humana, a mortandade de animais ou a destruição da flora implica em reclusão de um a quatro anos, além de multa. O lançamento de resíduos sólidos, líquidos, gasosos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências legais pode resultar em reclusão de até cinco anos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) proíbe a queima a céu aberto de resíduos sólidos.