A grande
preocupação mundial nos últimos anos é quanto à preservação do meio ambiente.
As queimadas, os lixões a céu aberto, a poluição dos rios, a falta d’água e o
desmatamento, tem levado lideres mundiais a se reunirem em busca de solução
para o problema que afeta o planeta, o que pode comprometer as futuras
gerações.
Em Vigia de Nazaré, recentemente, foi construído um muro
para dividir o lixão do município de Vigia, da PA 140. O que se vê do lado de
fora, não imagina o que pode ser encontrado do outro lado.
Um lixão a céu aberto, parcialmente escondido dos olhos de
quem passa pela estrada. Encoberto por um murro alto e pintadinho, de branco,
contrastando com o outro lado.
Em uma das minhas viagens, ao passar em frente ao local
citado, avistei fumaça, muita fumaça. Decidi adentrar, e logo comprovei vários
focos de incêndio.
A imagem vista, a olho nu, deu a impressão de um local
totalmente diferente do mundo em que vivemos. Ali estavam todos os lixos e
objetos que jogamos fora, todos reunidos em um só lugar.
Comprovei que o lixo doméstico, industrial e químico
(hospitalar), misturados em um só local, e exposto ao ar, atrai inúmeros
animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os
fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se
alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e
urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo,
se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são
veiculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a
cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, peste bubônica.
Quando o lixo se acumula e permanece por algum tempo em
determinado local (solo), começa a ser decomposto por bactérias anaeróbicas,
resultando na produção de chorume, que é 10 vezes mais poluente que o esgoto.
Isto por que o chorume dissolve substâncias como tintas, resinas e outras
substâncias químicas e metais pesados de alta toxicidade, contaminando o solo e
impedindo o crescimento das plantas, ou fazendo com que estas substâncias se
acumulem na cadeia alimentar.
No Brasil, a lei foi sancionada pelo então presidente Lula,
no segundo semestre de 2010. A Lei define que toda poluição gerada em níveis
que provoquem (ou possam provocar) danos à saúde humana, a mortandade de
animais ou a destruição da flora implica em reclusão de um a quatro anos, além
de multa. O lançamento de resíduos sólidos, líquidos, gasosos ou substâncias
oleosas, em desacordo com as exigências legais pode resultar em reclusão de até
cinco anos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) proíbe
a queima a céu aberto de resíduos sólidos.
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